VIAJANDO EM MIM
O tempo me fez forte. Livrei-me até do medo da morte, que já tinha pouco. Hoje busco um norte sem nenhuma nostalgia. Fui são e fui louco! Misturei fé e desolação. Apalpei rótulos com espinhos, mergulhei em vão no sangue agridoce da paixão. Chorei e ri...
Mostrei-me e me escondi... Como se “tudo” fosse tudo ou nada! Calei. Gritei. Perdi o rumo e me amparei...
Tudo que passei eu revivi assombrado pelas chagas doloridas das feridas que me fiz, ou que me deixei fazerem. Acrescentei risos e lágrimas ao meu currículo... Fui sábio e fui ridículo! Mas agora não mais me ofusco em vão ou em busca de fútil alegria. Quero mais! Quero um cais!
Quero mais que alegria, talvez mais fantasia e muito menos realidade. Talvez queira felicidade, em sua imensidão finita a despertar-me esperanças de que a idade, por si só, não me levará de mim, assim, tão só...
Quando partir, quero ir bem de encontro comigo. Colocar o dedo no meu nariz! Achar-me nos recantos divinos da paciência. Aconchegar-me no trono sábio da clemência. Apoderar-me dos meus passos sem nenhuma pressa mais, viajar em mim...
E que nada me impeça e que do infinito eu possa rever os meus laços e entender que foram justos... Sem sustos nem surpresa...
Farei de mim a minha presa e me entregarei com a plena certeza de que tudo vale a pena quando a alma não é pequena (parodiando Fernando Pessoa)...
Mas, pensando assim também imaginei que mesmo tão pequena, ela sempre faz sua cena, acena e voa... Faz valer a pena!
O tempo me fez forte. Livrei-me até do medo da morte, que já tinha pouco. Hoje busco um norte sem nenhuma nostalgia. Fui são e fui louco! Misturei fé e desolação. Apalpei rótulos com espinhos, mergulhei em vão no sangue agridoce da paixão. Chorei e ri...
Mostrei-me e me escondi... Como se “tudo” fosse tudo ou nada! Calei. Gritei. Perdi o rumo e me amparei...
Tudo que passei eu revivi assombrado pelas chagas doloridas das feridas que me fiz, ou que me deixei fazerem. Acrescentei risos e lágrimas ao meu currículo... Fui sábio e fui ridículo! Mas agora não mais me ofusco em vão ou em busca de fútil alegria. Quero mais! Quero um cais!
Quero mais que alegria, talvez mais fantasia e muito menos realidade. Talvez queira felicidade, em sua imensidão finita a despertar-me esperanças de que a idade, por si só, não me levará de mim, assim, tão só...
Quando partir, quero ir bem de encontro comigo. Colocar o dedo no meu nariz! Achar-me nos recantos divinos da paciência. Aconchegar-me no trono sábio da clemência. Apoderar-me dos meus passos sem nenhuma pressa mais, viajar em mim...
E que nada me impeça e que do infinito eu possa rever os meus laços e entender que foram justos... Sem sustos nem surpresa...
Farei de mim a minha presa e me entregarei com a plena certeza de que tudo vale a pena quando a alma não é pequena (parodiando Fernando Pessoa)...
Mas, pensando assim também imaginei que mesmo tão pequena, ela sempre faz sua cena, acena e voa... Faz valer a pena!